rede municipal

Após 100 dias sem aulas, a luta para manter ensino a distância

18.398

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Gabriel Haesbaert (Diário)
Desde março, Dilmar Silveira e sua equipe atuam para manter contato com os estudantes, enviando material via internet ou em casa

Sem aulas desde 18 de março, as escolas da rede municipal já contabilizam mais de 100 dias fechadas. O ensino remoto dos alunos da rede pública de Santa Maria teve início em maio, seguindo a orientação da Secretaria Municipal de Educação (Smed). 

Tendo em vista que o trabalho remoto não é o mesmo que a modalidade de Educação a Distância (EaD) e não visa ensinar apenas via internet, as formas de educar e aprender são diversas e emergenciais.

VÍDEOS: incertezas que adiam eventos e esvaziam datas durante a pandemia

Mas algumas escolas, assim que fechadas, já se mobilizaram para contatar os alunos. Foi o caso da Altina Teixeira, que, ainda em março, conectou-se aos estudantes via redes sociais e telefone. 

- A supervisão se mobilizou para não deixar as crianças sem o contato com a escola, e traçamos um plano. Em três dias, formamos grupos no Facebook e inserimos os alunos - conta Dilmar Diniz da Silveira, diretor da escola.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Escolas, como a Altina Teixeira, buscaram entrar em contato com os alunos o mais rápido possível

Pelo Facebook e WhatsApp,  os professores enviam a aula, por meio de documentos, vídeos e outras formas possíveis. Os alunos fotografam e enviam as atividades de volta, para correção. 

Para aqueles que não são alcançados pelos canais de comunicação, que na Altina Teixeira são menos de cinco estudantes, as atividades são impressas pela coordenação da escola e levadas até a casa dos alunos, em sacos plásticos e com as medidas de higiene necessárias. 

- Na próxima etapa, a das aulas efetivas via Classroom, precisaremos, mais do que nunca,  do apoio dos pais e responsáveis para que os alunos acompanhem as aulas com assiduidade - conclui Dilmar.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">

NO CAMPO
Cada realidade tem os próprios desafios. Assim como as instituições de ensino urbanas, as do interior têm grandes obstáculos a serem vencidos. A Escola Bernardino Fernandes, localizada no distrito de Pains, atende a cerca de 130 alunos da Educação Infantil ao 9º ano do Ensino Fundamental. Assim que as aulas foram suspensas, a equipe também se mobilizou para criar grupos no WhatsApp e Facebook. 

- Aos que não atingimos virtualmente, enviamos o material pelo transporte escolar disponibilizado pelo município, tomando os cuidados necessários. Ao recebermos os trabalhos na escola, eles ficam guardados em período de quarentena até serem devolvidos aos professores - explica o diretor, Sergio Rodrigues de Avila. 

Lei que permite doar sobras de alimentos divide opiniões a nível local

No caso da Educação Infantil, nível que não tem o trabalho remoto legalizado, o acompanhamento feito pelas professoras é mais minucioso e assistencial: 

- Elas buscam não perder o contato com as famílias. Para isso, fazem vídeos, por exemplo.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">

CONECTADOS
Segundo a coordenadora do  Núcleo de Tecnologia Educacional Municipal, Maritê Moro, cerca de 80% das escolas conseguiram contatar grande parte dos alunos ainda no final de março. 

- Uma das primeiras ações, no  início de abril, foi alcançar mecanismos digitais como o Google Classroom, Meet e, atualmente, a plataforma Aprimora, para viabilizar os cursos de capacitação para os professores e, também, para as futuras aulas, que logo terão início - explica Maritê. 

Rosariense faz vaquinha para pagar tratamento e evitar perder a visão

Atualmente, estão ocorrendo  cursos de capacitação e um projeto piloto para seis escolas, com apoio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e do Instituto Federal Farroupilha. Segundo Maritê, as possibilidades são diversas, mas a implantação de uma forma de ensino que alcance a todos é um processo árduo: 

- Entre as engajadas ações que  temos nos deparado, recentemente, a diretora de uma escola me perguntou se ela podia implantar um ponto de acesso à internet na padaria do bairro da escola. Outra ação foi a arrecadação, em parceria com a UFSM, de equipamentos eletrônicos para alunos que não têm o equipamento. Hoje, será divulgado o levamento dos beneficiados.

*Colaborou Gabriele Bordin

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

VÍDEO: Fapas fortalece ensino a distância na pandemia Anterior

VÍDEO: Fapas fortalece ensino a distância na pandemia

FOTOS + VÍDEO: professores fazem carreata com músicas e mensagens para alunos Próximo

FOTOS + VÍDEO: professores fazem carreata com músicas e mensagens para alunos

Educação